Este crime afeta os diversos setores e mercadorias embarcadas, onde no ano de 2021 segundo a NTC & Logística a região sul ocupava a segunda colocação em números de ocorrências e valores subtraídos chegando a incríveis 105,95MI, correspondendo a 8,34% das ocorrências no Brasil, atrás apenas do Sudeste que concentra a maioria esmagadora das ocorrências.
Estão entre os bens mais visados Produtos alimentícios, Combustíveis, Produtos farmacêuticos, Autopeças, Têxteis e confecções, Cigarros, Eletroeletrônicos, Bebidas, Defensivos agrícolas. Não necessariamente nesta ordem.
Mesmo diante deste cenário ainda vemos algumas organizações preocupadas apenas com a equação Prejuízo X Indenização, já que geralmente se preocupam apenas em compartilhar o risco com a seguradora, e muitas vezes por não possuírem pessoas habituadas com o tema, pecam em obrigações contratuais de operação que em caso de sinistro perdem o direito a indenização ou a recebem parcialmente. Infelizmente vemos que não raramente algumas empresas veem ameaçada sua renovação de seguro em virtude do alto índice de ocorrências, colocando em risco a continuidade de seu negócio.
Claro que compartilhar o risco com uma seguradora é importante, inclusive é importantíssimo! Seríamos ingênuos e irresponsáveis de acreditar que poderíamos evitar todas as ocorrências, mas o ponto focal aqui é que a organização deve concentrar esforços no antes, na prevenção, e além de se preocupar somente com o roubo em si, pensar que outras consequências não estão cobertas pelo seguro, como: O risco reputacional em não entregar dentro do prazo estabelecido, a falta do produto no ponto de venda, exposição da marca, custo de nova fabricação ou reposição a preço não programado.
Além de tudo, quando o assunto é roubo de cargas erramos ao pensar que quadrilhas especializadas ficam à beira das estradas escolhendo quais caminhões irão abordar e deixar que a sorte os diga quanto levarão nesta pilhagem. Eles sabem onde e quando o caminhão irá passar, e o que ele transporta. Infelizmente é comum que essas informações sejam “vazadas” internamente, seja através do aliciamento de colaboradores, prestadores de serviço ou ainda através de engenharia social.